30/09/2013
- Flávio Mendes
UMA BOA NOTÍCIA TEM QUE SER DIVULGADA
5º Semana Social brasileira 2013
Estado para que e para quem?
A Igreja Católica dentre as suas inúmeras atribuições, tem como vertente a formação integral da pessoa humana, para que assim ela possa viver melhor a sua vocação e desenvolver uma consciência crítica aguçada. Aqui no Brasil desde 1991 ela tem chamado a atenção da sociedade para uma reflexão sobre temas pertinentes em determinadas circunstância da nossa vida, através da “Semana Social Brasileira” que este ano tem como tema de reflexão “Estado para que e para quem?” e acontece em diversas cidades do Brasil.
Diante do Estado que aí está percebemos uma crise do capital financeiro globalizado e isso fica claro através da demonstração da prática da proposta neoliberal de redução do Estado a uma simples afirmação ideológica. Desde Maquiavel, um dos primeiros teóricos a nos sugerir uma leitura de Estado com autonomia, ele tem como proposta primordial, assegurar a felicidade e a virtude ou o bem comum a toda uma sociedade. (Texto base)
Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver está sendo gestada ou pelo menos já percebemos as células embrionárias dessas mudanças. Pois vivemos um momento histórico onde as pessoas, em sua maioria, e em especial a juventude, está inconformada com a situação que aí está. E exemplos dessa inconformação são as recentes manifestações que aconteceram por todo Brasil, onde se tornou celebre a frase: “o gigante adormecido acordou”. E que se diga de passagem já estava na hora. (texto Base)
Nós somos um país do presente e os últimos acontecimentos se tornaram fatos históricos, porque nós brasileiros estamos construindo uma fase inédita e surpreendente em que a consciência de cidadania parece ter aflorado de modo raro e isso quer dizer que estamos vivendo e fazendo estes novos fatos, estamos sendo protagonistas de uma nova história e queremos implantar uma nova cultura, onde o Estado se preocupe em garantir o direito e a justiça de sua população e não apenas de alguns privilegiados. (Revista Cidade Nova)
É fato! O Brasil em mudança não é algo teórico, nem abstrato. E nós vamos interferir ou não nesse processo com as decisões que tomamos no nosso cotidiano, com as opções que fazemos a cada momento. Aí entra um grito que deve ser ampliado pela “voz da rua”, por maior transparência e menor corrupção na forma de governar esse Estado. Nas ruas ou pelas janelas, nas redes sociais ou pela TV, todos nós fomos e estamos sendo interpelados a assumir uma nova postura, menos passiva e mais proativa. Pois o Brasil está deixando de ser o país do futuro para ser o país do presente. E no presente os atores sou eu, é você, somos nós e não podemos nos eximir de dar o nosso grito de contribuição. (Revista Cidade Nova)
Devemos identificar apontar e nos colocarmos na dinâmica das transformações nas relações entre Estado e sociedade e a partir dessas relações fundirem novas praticas voltadas para uma forma de governar mais democrática, por meio de instrumentos e espaços públicos que garantam a participação dos cidadãos, de forma plural e deliberada, onde tenham vez de dar o seu grito e oportunidades de serem ouvidos. (Revista Cidade Nova)
Nesse novo processo os valores devem ser novos, exatamente aqueles que foram negados e excluídos pela burguesia. Nada de ilusões, mas igualmente nada de pessimismo. Ao longo de nossa história no processo de democratização, inúmeras vezes tivemos que pintar a cara e sair às ruas para dar e fazer o nosso grito e ser ouvido. Mas agora esse momento é novo e o desejo que deve perpassar os nossos corações, deve ser o da construção de uma nova sociedade, a civilização do amor. Sem utopia, queremos esse novo Estado. Qual Estado? Aquele que está sendo gestado no coração dos jovens. (Texto Base)
Semana Social Brasileira: a reflexão continua.
Nelson Carlos dos Passos Silva, seminarista, 2º ano de teologia, CES – Mater Dei