30/09/2020

- Márcia Sola. Colaboração: Irmã Valdilene Neves e Murilo Azevedo

Membros da equipe e Conselho Diocesano da Cáritas da Diocese de Miracema do Tocantins, Juntamente com Dom Philip Dickmans, estiveram na cidade de Itaporã no dia 16 de setembro de 2020 para fazer entrega de materiais recebidos por meio de um projeto da REPAM-Brasil (Rede Eclesial Pam Amazônica), com o objetivo de ampliar e fortalecer o trabalho da horta comunitária que vem sendo feito por pessoas da comunidade local, juntamente com as Irmãs de Santa Maria Madalena Postel que residem na cidade. O Projeto iniciou com poucas pessoas, porém vem aumentando a cada dia. Segundo Dom Philip, Deus criou muitas coisas bonitas, e atualmente com tantas queimadas, é bom ver os sinais de esperança, cuidar da Mãe Terra e cultivar para o consumo. O grupo considerou a ajuda da REPAM muito importante, pois é um ganho e acréscimo para a comunidade, e tudo que vem fazendo é através de doações e trabalhos dos membros da comunidade e da Igreja Católica e até mesmo de outras igrejas cristãs. Com a chegada da REPAM, consideram que a horta se prolongará por muito tempo. Irmã Élia e Keia coordenadora da comunidade, agradeceram pela ajuda que a Diocese de Miracema vem buscando por meio da Cáritas, na pessoa de Dom Philip, bem como as pessoas que no dia-a-dia vem colaborando com a produção da horta e com o apoio da REPAM-Brasil Lucas jovem voluntário e estudante de agrícola, em seu depoimento viu a necessidade de ajudar o grupo em Itaporã de acordo os conhecimentos recebidos no curso que está fazendo, com os materiais doados pela REPAM pode-se trabalhar o ano inteiro. Além de o trabalho ser considerado uma terapia, alguns membros participantes do projeto afirmaram que é também um aprendizado maior e conhecimento de como cultivar diversas hortaliças. Segundo alguns moradores, a horta também vem ajudando famílias que nem sempre tem o dinheiro para comprar verduras, e o plantio diversificado vem colaborando nas necessidades básicas de algumas famílias de Itaporã. O trabalho é considerado também uma terapia nesse tempo de pandemia em que muitas pessoas tem ficado dentro de casa e acabam ficando enfermas. De acordo com dados do IBGE, cerca de 42% da população, tem rendimento mensal abaixo de ½ salário mínimo. É importante ressaltar que na cidade não se tem nenhuma horta comunitária, sendo está a única iniciada até o momento. Os principais resultados esperados tratarão da inclusão social e melhoria nos relacionamentos sociais entre os beneficiários da horta e os residentes no entorno do projeto; melhoria do estado nutricional das famílias através do consumo diversificado e diário de verduras e legumes frescos orgânicos; geração de renda direta através da comercialização do excedente da produção e renda indireta que está ligada à economia doméstica. Na medida que o projeto se avance haverá certamente um acréscimo na participação das famílias e o fortalecimento econômico gerando melhoria na qualidade de vida tanto no campo financeiro quanto familiar. Melhoria na produção e venda dos produtos, aumentando ou fomentando a atividade agrícola familiar. Jovens conscientes do seu papel cultural e fomentador da atividade agrícola familiar. Todos esses itens serão analisados, demonstrando a aceitação do projeto pela comunidade. Esperamos que as experiências obtidas pelas famílias no convívio diário na horta, possa despertar o desejo e a vontade dessas famílias em criar hortas em lotes baldios, quintais e espaços ociosos na cidade, que possam expandir ainda mais a produção de hortaliças na cidade.