09/04/2014

A Comissão Especial para o tema prioritário da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil esteve reunida ontem, 17, na sede da CNBB, em Brasília. O grupo, composto de bispos e doutores em Teologia, deu continuidade à preparação do texto sobre o papel do leigo na missão da Igreja.

Foram apresentadas três partes do texto: uma análise de conjuntura, a partir da relação Igreja-mundo; a fundamentação Bíblico-Teológica; o agir, a organização, as ações do leigo tanto na Igreja quanto na sociedade.

A Comissão discutiu também a identidade dos conselhos para os leigos e a valorização do leigo. Os presentes buscaram articular a forma mais clara de fazer com que o leigo entenda sua importância na evangelização dentro e fora da Igreja. De acordo com o presidente da Comissão e bispo de Caçador (SC), Dom Severino Clasen, é importante que haja a experiência de comunidade concreta na qual as pessoas possam se encontrar. “No encontro eles rezam, lêem a Bíblia, olham os problemas sociais, de moradia, de doenças”, afirma. Dom Severino ainda destaca o objetivo de criar uma visão mais ampla para que os cristãos sejam solidários, "num mundo em que se vive isolado e que a Igreja sofre junto, sendo vítima deste efeito da globalização".

O arcebispo de Porto Velho (RO), dom Esmeraldo Barreto de Farias, o bispo de Macapá (AP), dom Pedro Conti, e o bispo de Teófilo Otoni (MG), dom Aloísio Vitral, fazem parte da Comissão.

Assembleia Geral

O que é a Assembléia Geral?

Segundo o artigo 27 do Estatuto Canônico da CNBB, a Assembléia, órgão supremo da CNBB, “é a expressão e a realização maiores do afeto colegial, da comunhão e co-responsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”. Reúne-se ordinariamente, uma vez por ano e, extraordinariamente, quando para fim determinado e urgente, sua convocação for requerida (cf. art. 31 Estatuto Canônico da CNBB).

De que trata a Assembléia Geral?

De assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e dos problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, na perspectiva da evangelização. (Estatuto Canônico da CNBB, artigo 29).

Quem participa?

O artigo 33 do Estatuto Canônico da CNBB diz que “todos os membros da CNBB são convocados para a Assembléia Geral”. Também podem ser convidados os bispos eméritos e bispos não-membros da CNBB, “de qualquer rito, em comunhão com a Santa Sé e tendo domicílio canônico no País” (artigo 106).

Assembléia Eletiva

A presidência da CNBB permanece no cargo apenas por dois mandatos consecutivos. A cada quatro anos a Assembléia Geral da CNBB elege nova presidência. Em votações separadas são eleitos o presidente, o vice-presidente e o secretário-geral da Conferência. (Estatuto Canônico da CNBB, artigo 43). Também são eleitos os presidentes das Comissões Episcopais de Pastorais.

Segundo o artigo 143 do Estatuto Canônico da CNBB, “as eleições quadrienais devem ser precedidas na Assembléia eletiva: a) pelo relatório da Presidência sobre a vida, as atividades pastorais e a administração patrimonial da CNBB, durante o quadriênio cessante; b) pela avaliação da Assembléia sobre o desempenho da CNBB e de seus responsáveis, no mesmo período; c) pela discussão e votação das diretrizes gerais para a Pastoral Orgânica do quadriênio que se inicia”.

O Artigo 148 do Estatuto afirma ainda que as “eleições serão realizadas em clima de intensa comunhão eclesial, contribuindo para isso o dia de espiritualidade”.

A posse da nova presidência e dos novos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais acontece antes do término da Assembléia. (Estatuto da CNBB, Art. 154)

                                                                                                                                                  

                                                                                                                                               PASCOM - Pastoral da Comunicação