
“Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna,
na fração do pão e nas orações. (...) Todos os que abraçavam a fé viviam unidos
e possuíam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam
o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.” (At 2,42-45)
Podemos fazer um exercício matemático, sem querermos delimitar tempo e espaço; até porque a História é entrelaçada; com seus momentos de picos e evidências. Pois bem, respeitando esta dinâmica, peguemos a data de 07 de setembro de 2012, 9ª Romaria Diocesana, aos primeiros envios para a Auto-Evangelição, 20 de abril de 2017.
Muitas águas e destroços passaram por debaixo da ponte. Outras águas evaporaram e galhos, troncos, folhagens... nem mesmo chegaram à ponte. Porém, nenhum ficou sem contribuir e estão contribuindo!
Como resultado de um olhar panorâmico sobre este “pico” histórico de “anúncio e testemunho”, salientarei três pontos como resultado supra positivo:
- A elevação do nível da consciência missionária. Leigos e clero evoluíram nestes quatros anos de incentivo, escuta, orientações, discernimentos e resultados. Evidências claras de uma postura bem mais missionária! Em destaque a solidificação das regiões pastorais numa perspectiva de uma atividade evangelizadora orgânica.
- Despontando o sentir, o encarar os desafios da afirmação do rosto de uma Igreja Diocesana de Miracema do Tocantins. Os retiros, encontros, últimas assembleias, as ampliadas... refletem um espírito, um senso de pertença; no respeito as diferenças e no acreditar numa “Igreja em Saída”; preocupada com “as periferias existenciais”.
- SMP – favorecendo a afirmação do ser Sujeito Eclesial (Doc. 105, CNBB). O cristão leigo(a) atuando de uma forma mais consciente do seu ser Igreja nos aspectos Intra e Extra. E em todos esses avanços, podemos visualizar e constatar que os cristãos leigos(as) vem sendo os protagonistas de que é possível uma conversão pessoal, eclesial e social.
“A conversão pessoal e a pastoral andam juntas, pois se fundam na experiência de Deus realizada por pessoas e comunidades. ‘Temos consciência de que a transformação das estruturas é uma expressão externa da conversão interior. Sabemos que esta conversão começa por nós mesmos. Sem o testemunho de uma Igreja convertida, vãs seriam nossas palavras de pastores’.(Dpb, n.1221) Só assim será possível ultrapassar uma pastoral de mera conservação ou manutenção para assumir uma pastoral decididamente missionária.” (1)
Nestes últimos dias, desde o início dos primeiros envios e os primeiros passos da auto-evanglização, temos registrado algo talvez pensado, porém num pensar e olhar de muitos, algo não realizável. Dia a dia, imagens são postadas que, por si só, traduzem uma verdadeira e madura “alegria do evangelho”. Por não bastar, vem frases dos cristãos leigos(as) que estão vivenciado esse milagre do anúncio e testemunho dos passos de se viver em comunidade; assim, como acabo de ler no zap, nesta manhã: “Santas Missões no Setor Cornélio Comunidade São Pedro”. Isto, sobre as onze imagens postadas do encontro desta noite passada. E anúncio como este: “Oi pessoal boa noite temos encontro marcado hoje aqui em encasa das santas missões. Não equeça. Pro todos os setores.” Outro, assim: “Convido as coordenações dos Setores e das Pastorais, para um encontro sexta feira dia cinco na casa da Verenice. Rua 02. Setor Nossa Senhora das Graças 7:15da noite. Vamos combinar as atividades das Santas Missões” (2).
E vamos destacando as mobilizações, nestes temos: “Gente a paroquia esta fazendo as camisetas pra auto evangelização quem quiser 2000 rais. Me avisem hoje último dia.” “Vamos todos em mutirão evangelizar nossas crianças nossos jovens e nossas famílias dia 25/5 inicia os trinta dias de alta evangelização” (3).
E os convites continuando ecoando: “O Padre Cleonizaldo vai pregar o Retiro espiritual, para nos abastecermos espiritualmente, a fim de realizarmos a autoevangelização nos Setores. Data do Retiro: 20/05/2017. Local: salão paroquial. Início, 8:00Hs. Da manhã. Setores, grupos e pastorais. Bem vindo! É para toda a comunidade” E agora, enquanto redijo, chegou: “Toinha podemos fazer uma reunião com as pessoas do Setor Conceição, amanhã a noite para a organização do Setor? Esta reunião pode ser aonde? Pessoal da reunião: Railene, Toinha, D. Hilda, Libânio e família, D. Raimunda, Eliene e Solange. Ajudem convidar estas pessoas. Na casa do Gaspar. Pode ser? (4)
Muito gratificante ouvir os pedidos, assim: “Padre Raimundo cadê o sr. Preciso dos livros como te encontrar. Por favor não me deixa cem eu quero cinco par”. E postagens, assim: “SMP- Região Pastoral São Mateus, Goinorte, abertura dos 30 dias de auto-Evangelização!!”. “Encontro de preparação para abertura das Santas Missões Populares Auto evangelização Paróquia São Pedro Guarai”. “Tudo... até aqui, foi uma preparação... hoje, é o grande dia, o dia D”. Já não é mais um sonho de sonhador... Mas uma realidade Eclesial: rumo ao ser Sujeito Eclesial. Hoje, vamos pras famílias, nos setores missionários”. E chamada pra a responsabilidade: “convido aos demais: vamos acertando... Pois precisamos encomendar mais fé e vida. E vai depender do enviarmos o pagamento desta remessa, que recebemos!!!(5)
Em outra postagem: “Quando q o sr vem em Colinas? Pois quero passar o dinheiro para o senhor”. E vem cobrança, assim: “Eloiza eu estou até hoje esperando uma ficha de inscrição que você falou que ia me enviar”. Bem como o chamado pra missão: “Irmãs e irmãos missionários coordenadores de COMIPA das regiões pastorais São João, São Marcos e São Lucas, vamos articular quantas/quantos missionárias/missionários irão participar na região pastoral São Mateus.” Ângela, paróquia São Geraldo: “Estou amando fazer esses encontros, pensa num livro Unidos em Cristo, maravilhoso, lição de vida, um maravilha!” (6)
E se formos transcrever todos os sentimentos expressados até então, teríamos páginas a seguir. Contudo, o âmbito do despertar e assumir a missionariedade que estamos alcançando, ratifica que estamos dando passos sólidos para uma Igreja verdadeiramente em estado permanente de missão. “A comunidade, as comunidades, as comunidades de comunidades, uma rede de comunidades, expressam a vitalidade de ser Igreja, pois expressam uma dinâmica de relações e cuidados entre os que são filhos no Filho e toda a criatura.” (7)
No que se refere a projeções da aplicação do projeto missionário. Entendo que todo projeto nasce de um sonho. E este sonho ao ir sendo colocado em prática, vai se adequando à realidade e circunstâncias. E não poderia ser diferente com projeto das Santas Missões Populares, aqui na nossa Diocese de Miracema. Ao ser elaborada a Carta de Tabocão, via-se a sua ousadia; bem como os limites, no que diz respeito aos encaminhamentos lá descrito. Porém, nunca deixamos de acreditar no poder da Trindade Santa em fazer acontecer o querido por Deus. O que estamos vivenciando, e iremos vivenciar neste período das auto-evangelizações e as semanas missionárias, do decorrer deste ano de 2017; podemos e poderemos contatar: “é coisa de Deus”. Afirmação que foi feita por uns dos padres, na ocasião da reunião em Tabocão, partilhando as experiências e vendo a programação para a semana missionária na região pastoral São Mateus.
Pegando como orientação as seguintes perguntas: De onde viemos? Onde estamos? Pra onde vamos? As duas primeiras perguntas, creio que podem ser sustentadas as suas respostas nos meus dois primeiros artigos (07 de maio de 2016 e 18 de novembro de 2016). E pra onde vamos? Posso afirmar: CELEBRAR A MISSÃO! Ou seja, celebrar uma caminhada que realizamos e estamos na estrada: o despertar, o formar e o enviar missionários para o anúncio e testemunho da vida em Jesus Cristo. Quanto a auto-evangelização, as pessoas já estão mais tranquila e até surpreendidas, pelo que está acontecendo, nos seus aspecto positivos. A preocupação é em relação as grandes semanas.
Então vamos a uma retrospectiva do que continha no sonho, até ao nosso alcance; e não que o sonho não tenha valido, pelo contrário o que ele vai nos proporcionar e nos ajudar a alargar cada vez mais as nossas perspectivas de missionário na tarefa árdua de edificar o Reino de Deus, no aqui e agora; isto rumo à Jerusalém Celeste ou à pátria definitiva. Hoje, neste ponto da caminhada, podemos ordenar nossos passos a partir da visão de planos, que fomos nos adequando para as semanas missionárias, vejamos:
PLANO A: planejamos um universo em que iriamos receber missionários de todos as partes do Brasil. Os mesmos viriam com suas experiencias e abertos para aprender e contribuir nas diversas atividades desta semana. Este plano A, por circunstâncias, sobretudo financeira, acabou por ser inviável.
PLANO B: focalizamos no nosso Regional Norte 3. Também por limitação por parte de ambos os setores, estamos constando a não viabilidade de participação de missionários das nossas outras quatro dioceses. E neste contexto de regional, fica uma preocupação ou deve ser uma pauta para ser levada em conta na preparação e realização do já pensado 2º Congresso Missionário do Tocantins, em 2018. Vejamos o que consta na sistematização do Congresso-relatório: “O I Congresso Missionário do Tocantins, do Regional Norte 3 da CNBB, contou com a participação de 463 delegados e delegadas, sendo bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, leigos, leigas, discípulos, discípulas, missionários e missionárias de Jesus, por graça, amor e vocação, saíram de suas casas, deixaram suas famílias e seus afazeres e reuniram, em Guaraí - Tocantins, de 18 a 20 de outubro de 2013, como testemunhas da missão de Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor. Com o tema “Fé e vida, em missão”, e o lema “Eis-me aqui, envia-me”, vivenciaram o Congresso Missionário como uma chuva de graça e de bênção no coração do nosso recém-criado Regional Norte 3, que abrange o Estado do Tocantins e parte do Estado de Goiás, composto pela Arquidiocese de Palmas, Dioceses de Porto Nacional, Miracema do Tocantins, Tocantinópolis e Prelazia de Cristalândia. Este território possui aproximadamente um milhão e quinhentos mil habitantes, campo propício e fecundo para vivenciar o estado permanente de missão. O objetivo principal do Congresso foi: “O objetivo do I Congresso foi colocar o Tocantins em estado permanente de missão. Não queremos um Regional de qualquer jeito. Queremos um regional missionário, que chame, forme e envie missionários (as) para Jesus, para a Igreja e para o mundo.” (8)
Tenha em minhas mãos a lista dos delegados inscritos; Vejamos os números: Equipe geral – 15 pessoas; Diocese de Tocantinópolis -79 pessoas; Arquidiocese de Palmas – 80 pessoas; Diocese de Miracema – 80 pessoas; Prelazia de Cristalândia -79 pessoas; Diocese de Porto Nacional – 94 pessoas; Organismos do Regional – 32 pessoas. Somando, tivemos 459 delegados. A nossa pergunta deve ser: onde estão estas pessoas, no que se refere em assumirem o compromisso para responder o objetivo do congresso?
PLANO C: Agora na reta final, estamos procurando afirma-nos na visão de que podemos contar com os missionários da própria Diocese. Como foi pensando desde o início, além dos missionários do brasil e do regional, aquela região que esteja acontecendo a semana missionária, receberia os missionários das outras três regiões. Para tal, foi enviado uma ficha de inscrição no início de fevereiro deste ano. No entanto, até o presente momento não temos confirmações que podemos ter a certeza que este plano seja efetivado.
PLNAO D: Nessa circunstancias, partamos para a condição de que cada Paróquia assuma a missão, ou melhor, der continuidade com os missionários locais na realização das atividades da grande semana. Estamos esperançosos de que os padres possam priorizar e se colocar à disposição colaborarem nas outras regiões. Com isto não quero dizer que não vêm leigos(as) das outras regiões. Só que, talvez, não na dimensão que nos projetamos. Neste intuito do Pároco, juntamente com os leigos(as) locais, assumirem a coordenação da missão, aconteceu um momento de encontro com os padres da Região Pastoral São Mateus, (terça-feira – 09/05) em Tabocão.
Para a Equipe Volante foi um momento muito positivo. Todos os padres estavam presentes e três, dos quatro coordenadores das Regiões Pastorais. Onde cada padre expos as suas impressões do que vem acontecendo e manifestaram muita alegria pelos frutos da missão, já surgindo, nas suas paróquias e comunidades.
“Este ano estamos na segunda etapa do nosso 5º Plano Diocesano de Pastoral que tem como prioridade as Santas Missões Populares. Este projeto está há mais de três anos em preparação. Agora é o momento do despertar, para a grande missão. Nesse Mês (março) tivemos belíssimos retiros com os padres, leigos e leigas. Sentimos em nossos corações o desejo de sermos verdadeiros missionários e missionárias de Jesus Cristo. As grandes semanas acontecerão por Região Pastoral. Cada semana terá uma preparação de trinta dias por setor. (...) Peço todos e a todas a união, para que possamos sonhar e construir o Reino de Deus, mas perto de nossa gente, que precisa da presença Divina.
O Senhor disse tantas vezes de “não termos medo”. Não temos nada a perder, só ganhar a sua presença em nosso meio. “Eis-me aqui Senhor, para anunciar...” Assim, Dom Felipe, nosso Bispo se expressou na apresentação do anuário 2017 (9)
Santas Missões Populares. A missão: cura, liberta e salva. Podemos dizer: é Jesus voltando, através da CONVERSÃO de mentalidades e corações para uma vida de proximidade uns com os outros; de ir ao encontro das pessoas. “Jesus se apresentava como o Bom Pastor (cf. Jo 10,11). Com bondade e ternura acolhia o povo, sobretudo os pobres (cf Mc 6, 34; Mt 11, 28-29).Seu agir revelava um novo jeito de cuidar das pessoas. Ele ia ao encontro delas, estabelecendo com as mesmas uma relação direta e acolhedora. Jesus apresentava um caminho de vida nova: ‘Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso’ (Mt 11, 28-30).” (10)
O objetivo das Santas Missões Populares na nossa Diocese: Revitalizar o espirito missionário da Igreja particular de Miracema do Tocantins na edificação de uma Igreja em estado permanente de missão; a serviço da vida plena para todos; numa perspectiva de fazer acontecer “A conversão pastoral da paróquia”: Comunidade de comunidades! Dai, a razão da setorização e os encontros nos setores durante trintas dias. Fazendo valer o que a CNBB definiu como deve ser a nossa vivência crista: alimentar-nos da Palavra de Deus nos pequenos grupos (setores) e da Eucaristia nos momentos fortes da comunidade paroquial. “Na comunidade (setores missionários), as pessoas são acolhidas – superando o anonimato – têm vínculo de pertença e se reúnem não apenas para questões religiosas, mas para crescer na vida como seguidoras de Jesus Cristo. O encontro eucarístico pode ser na igreja paroquial ou na capela que reúne as muitas comunidades numa única comunidade eucarística, sinal de unidade e comunhão.” (11)
Dom Leonardo Ulrich, na apresentação do Doc. 100 acentua: “A conversão pastoral que o texto propõe recorda as palavras do Papa Francisco: “quero lembrar que ‘pastoral’ nada mais é que o exercício da maternidade da Igreja (...) faz falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas maternas da misericórdia. Sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em mundo de ‘feridos’ que têm necessidade de compreensão, de perdão, de amor”.(12) E continua descrevendo e citando o próprio Doc. 100: “A conversão da paróquia em comunidade de comunidades “consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão. Isto implica em revisar a atuação dos ministros ordenados, consagrados e leigos, superando a acomodação e o desânimo. O discípulo de Jesus Cristo percebe que urgência da missão supõe desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos”. (13)
“OMAIOR ESAFIO: A missão no coração de Miracema e Miracema no coração da missão!” Hoje, constatamos um grande avanço no assumir este desafio. Já podemos comprovar de que a missão já penetrou no coração de Miracema e Miracema está fazendo surgir sangue novo no coração da missão! E o cântico vai ecoando nas cidades, vilas e campos: “Es o Senhor da messe, ouve essa nossa prece; põe sangue novo nas veias da tua Igreja”!
E vamos injetando sangue novo no coração da missão. “A missão é o coração da Igreja” (RM 62). A Igreja caminha neste mundo no ritmo e no batimento do coração da missão. Uma Igreja sem missão é uma Igreja sem coração. E sem coração, ela não vive, apenas sobrevive e vegeta. É a missão que dá sentido à vida do mundo e da Igreja. É tempo de missão porque o mundo ainda não está como Deus e nós queremos. É tempo de missão porque o mundo e a vida estão gritando por missão. É a missão que dá sentido à vida. Sem missão a vida perde o seu sabor, seu valor e o seu sentido. Missão é resposta ao chamado do Deus da vida. É cristão quem abraça a missão de Jesus Cristo. É a Igreja que faz sua a missão de Jesus.” (...) Dessa forma, assumimos as graças, mas também os riscos da missão. Missão é caminhar, lutar, amar, viver e por ela morrer. Espelhemo-nos nos mártires da caminhada, a exemplo de padre Josimo. Caminhar faz parte da natureza da vida e da missão da Igreja. Assim como o papa Francisco, também preferimos uma Igreja acidentada, porque sai de casa e vai às ruas e às periferias, do que uma Igreja acomodada e doente, porque fica parada em casa; não queremos uma Igreja tranquila, mas uma Igreja missionária. (14)
Neste tempo pascal, em que afirmamos veemente que Cristo ressuscitou, estamos testemunhando a ressurreição do nosso povo na fé e esperança através dos encontros e celebrações em todos os cantos da nossa Diocese. Santa Teresinha, ajude-nos a sermos sempre imbuídos do ardor missionário!
“TESTEMUNHAS DO REDENTOR:
SOLIDÁRIOS PARA A MISSÃO,
NUM MUNDO FERIDO”
São Bento, 11 de maio de 2017
Pe. Raimundo Araújo Silva, C.Ss.R.