14/06/2016

 

Com o advento das mídias digitais e a popularização do acesso à internet, a comunicação está passando por um processo de democratização sem precedentes na história da humanidade. E precisamos discuti-la e colocá-la em prática, seja nas unidades escolares, instituições públicas ou ainda no comércio.               

Uma rede social é caracterizada, sobretudo, pela sua horizontalidade: não há um grande emissor que produz conteúdo para uma gama de receptores; pelo contrário, a produção de conteúdos é realizada por todos os membros da rede, que se influenciam mutuamente. Além disso, a estrutura da rede social é, assim como a própria sociedade pós-moderna, líquida. Duarte e Frei (2008) corroboram essa visão ao dizer que "redes não são [...] apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente”.

As redes sociais permitem um estreitamento de laços entre cliente e serviço. Através delas é possível humanizar a relação que os usuários têm com as empresas, além de que a exposição dos clientes às notícias da empresa é muito maior nas redes sociais. As redes sociais também permitem que os clientes tenham um ponto de contato muito mais rápido e prático com as empresas. Fazer uma reclamação, elogio, sugestão, através de uma fanpage costuma ser muito mais fácil que através da central telefônica. Com isso a empresa pode estipular seus padrões de qualidade perante seu público, e acima de tudo, buscando soluções para os problemas apontados.

Foi sobretudo durante o pontificado de Bento XVI que a Igreja apresentou diretrizes claras para o uso das mídias sociais. Em 2009, o papa emérito publicou a mensagem “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”; finalmente em 2013, “Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”. O pontífice acredita que as redes sociais estão contribuindo para o surgimento de novos espaços públicos que podem gerar comunidade e comunhão. No entanto, o que está por trás de toda rede é um ser humano.  

Portanto, o papa aconselha aos usuários das redes a serem autênticos, pois, em última análise, estão comunicando a si mesmos (cf. § 02 e 03). Ainda, “as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais [relacionamentos, entretenimento e conhecimento]” (§ 03), afirma Bento XVI. Não se pode, pois, pensar em sociedade no século XXI sem referir-se ao poder agregativo das redes sociais.

 Elvio Marques [1]


[1] Elvio Juanito Marques de Oliveira Júnior é Jornalista pela Universidade Federal do Tocantins, pós-graduando em Ensino de Comunicação: estudos contemporâneos pela mesma universidade. Atualmente é Gerente de Mídias Sociais do Governo do Tocantins. Já trabalho com assessoria de comunicação, repórter do Jornal do Tocantins e mídias sociais de campanhas políticas. É natural de Figueirópolis – Tocantins.